Campanha para localizar pessoas desaparecidas
Confira o editorial deste domingo (13)

Foto: Arquivo/Agência Brasil
Incentivar a coleta de material biológico de familiares de pessoas desaparecidas é o mote de uma campanha do governo federal que lançada essa semana em todos os estados brasileiros. A pertinente ideia é atualizar os dados de pessoas não localizadas e trazer respostas a essas famílias, que não raramente agonizam por décadas por um sinal do ente querido que despareceu.
A Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas é uma maneira de chamar estas pessoas que clamam por respostas para irem aos postos de coleta e lá, fornecer o seu DNA. O local de coleta de cada estado, após o lançamento da campanha, estará disponível no site do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
No Brasil, segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, cerca de 80 mil pessoas desaparecem todos os anos e o exame de DNA é uma ferramenta bastante conhecida para a identificação de pessoas.
Já o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos apura que existem cerca de 57 mil boletins de ocorrência de pessoas desaparecidas e não localizadas.
Para maior efetividade do cruzamento de dados, a recomendação do Ministério da Justiça e Segurança Pública é que, preferencialmente, os familiares de primeiro grau, como pai, mãe, filhos e irmãos, se apresentem para a coleta.
O DNA do desaparecido também poderá ser extraído de itens de uso pessoal, como escova de dentes, escova de cabelo, aparelho de barbear, aliança, óculos, entre outros.
Depois que o familiar tiver doado seu DNA, esse DNA vai para um laboratório onde ele vai ser analisado e será obtido o perfil genético que será inserido, então, no Banco Nacional de Perfis Genéticos. É nesse banco que ele será confrontado com outras amostras que têm lá, seja de restos mortais não identificados ou de pessoas de identidades desconhecidas.