Capitão Alden classifica como ‘absurda’ morte de PM durante blitz em Salvador
Deputado federal voltou a criticar as audiências de custódia
Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
O deputado federal Capitão Alden (PL-BA) classificou como “absurda” a morte do subtenente Antônio Fernando Paim, lotado na 48ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), ocorrida na manhã desta quarta-feira (24). O militar foi atropelado enquanto trabalhava em uma blitz no bairro de Sussuarana, em Salvador, e estava internado desde o dia 12 de julho.
Ao criticar o alto índice de mortalidade policial, o parlamentar afirmou que a soltura dos dois acusados de homicídio em audiência de custódia é uma falta de respeito com a família do militar morto e gera na sociedade a sensação de impunidade.
“O Anuário Brasileiro da Segurança Pública de 2024 divulgou, no último dia de 10 julho, que 127 policiais foram assassinados e 118 cometeram suicídio. Foram 245 vidas perdidas e não vejo manchete de jornal com isso. As vidas de profissionais fardados não importam?”, questionou Alden.
Entenda o caso
No dia 12 de julho, o policial trabalhava em uma blitz na Avenida Ulysses Guimarães, no bairro de Sussuarana. Ele solicitou que dois homens que estavam em uma moto parassem, mas eles não obedeceram a ordem e o condutor da motocicleta jogou o veículo contra o policial.
Com o impacto da batida, a vítima foi arremessada e machucou a cabeça. Na ocasião, o militar foi hospitalizado em estado grave e os acusados foram presos em flagrante.
Diante da realidade, Alden afirmou que buscou viabilizar na Câmara Federal o Projeto de Lei 954/2024 (PL 954/2024), que dispõe da alteração na lei 14.197/2021, para punir quem oferecer ou opor resistência à abordagem policial. A proposição visa trazer maior amparo jurídico para que os policiais possam realizar as atividades de maneira mais segura.
“O PL 954/2024 tem o objetivo de tornar crime ações de resistência e oposição de resistência com o uso de violência ou grave ameaça durante abordagens policiais, controle, contenção, imobilização ou condução de suspeitos, visando garantir a efetividade das ações policiais, pois atentar contra os policiais no cumprimento do seu dever é atentar contra o Estado”, explicou o deputado.