Carlos Decotelli prepara carta de demissão após cinco dias da nomeação, afirma CNN
Currículo acadêmico foi questionado

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
O economista Carlos Decotelli, nomeado como Ministro da Educação há cinco dias no governo Bolsonaro, prepara uma carta de demissão para ser apresentada ao chefe do Executivo. A passagem dele pelo cargo tem sido marcada pelos questionamentos de inconsistências nas informações acadêmicas na plataforma Lattes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ). As informações são da CNN.
Entre as incongruências está o possível plágio na dissertação de mestrado o que causou mal-estar no Palácio do Planalto e rumores de que houve fragilidade da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), órgão ligado ao GSI. Na última semana, Decotteli fez atualizações no Lattes. A mais recente, nessa segunda-feira (29) trouxe a alteração para “projeto de pesquisa” do trabalho submetido à Bergische Universitat Wuppertal (Alemanha), que antes havia sido identificado como “pós-doutorado”.
A Universidade Nacional de Rosario (Argentina) divulgou que o ministro não recebeu o título de doutor – cursou as disciplinas e cumpriu os créditos exigidos, mas sua tese foi reprovada em uma primeira análise e ele não voltou a submeter o trabalho aos pares.
A Universidade de Wuppertal afirmou que Decotelli nunca obteve nenhum certificado pela instituição e não recebeu bolsas ou qualquer tipo de suporte financeiro. "Ele não era um pós-doutor na BUW (sigla da universidade)", disse uma porta-voz da instituição.