Carrefour fecha acordo de R$ 115 milhões após morte de João Alberto em supermercado
Dinheiro será destinado para políticas de enfrentamento ao racismo
Foto: Reprodução
O Carrefour assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) na sexta-feira (11), e fechou um acordo de R$ 115 milhões em relação à morte de João Alberto, um homem negro que foi morto por seguranças em um supermercado da rede em Porto Alegre, em novembro do ano passado.
O dinheiro será destinado para investimento em políticas de enfrentamento ao racismo, sendo R$ 74 milhões para oferta de bolsas de educação formal, R$16 milhões para contribuição para projeto museológico, campanhas educativas e projetos sociais de combate ao racismo, além de projetos de inclusão social (R$ 10 milhões), entre outras.
Em nota, a rede informou que "através deste termo, o grupo reafirma seu compromisso irrevogável de lutar contra o racismo e de atuar como um agente de transformação da sociedade. Passados poucos mais de seis meses do ocorrido, além da celebração do acordo, o grupo já indenizou todos os membros da família da vítima, reformulou o modelo de segurança nas lojas e vem colocando em prática os demais compromissos assumidos publicamente desde novembro para combater o racismo e promover a equidade".
Além dessa quantia, uma indenização de mais de R$ 1 milhão foi paga para a viúva de João Alberto e outros familiares, entre pai, filhos e a enteada.
O TAC foi firmado com o Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul (MPRS), o Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público do Trabalho (MPT), Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul (DPE-RS), Defensoria Pública da União (DPU) e as entidades Educafro – Educação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes e Centro Santo Dias de Direitos Humanos.