Caso da deputada Flordelis aumenta pressão pelo retorno dos trabalhos do Conselho de Ética da Câmara
Deputado Léo Motta (PSL) já pediu instauração de representação contra a deputada por quebra de decoro parlamentar.
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados está com os trabalhos suspensos por causa da pandemia, mas há ações que pedem o retorno dos trabalhos mesmo que remotamente, especialmente para analisar o caso da deputada Flordelis (PSD-RJ), apontada como mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo. O corregedor parlamentar da Casa, Paulo Bengtson (PTB-PA), apresentou nesta sexta-feira (28) um projeto (PRC 52/2020) que autoriza o colegiado a realizar reuniões virtuais pelo mesmo sistema utilizado para as votações do Plenário.
A ideia dele é propor a votação do projeto na próxima semana. “Como é um caso de comoção nacional, a Casa precisa de um dispositivo que possa estar garantido pela lei”, ponderou.
Na justificativa do projeto, o corregedor explica que os trabalhos do Conselho de Ética são especializados e não podem ser absorvidos pelo Plenário, como ocorre com as comissões. “A realização de reuniões virtuais é medida mais que necessária, permitindo que seja dada regular tramitação aos processos disciplinares e aos atos necessários à instrução deles.”
Na terça-feira (25), o deputado Léo Motta (PSL-MG) solicitou a instauração de representação contra a deputada Flordelis por quebra de decoro parlamentar.