Caso Daniel Alves: entenda o cenário do segundo dia de julgamento em Barcelona
Ex-jogador foi denunciado pelo crime de estupro
Foto: Reprodução/Redes Sociais
Há pouco mais de um ano, o jogador Daniel Alves foi denunciado pelo crime de estupro em Barcelona, na Espanha. Desde então, o caso teve inúmeras atualizações e alterações em depoimentos. O julgamento do ex-atleta teve início na segunda-feira (5) e está programado para encerrar no fim de semana, com o depoimento do brasileiro.
No primeiro dia, Daniel Alves conseguiu a condição de depor por último perante a Justiça espanhola. Segundo os jornais "La Vanguardia" e "El Periódico", durante um depoimento confidencial, a denunciante reiterou a acusação de agressão sexual em um incidente ocorrido em dezembro de 2022.
Ela prestou seu depoimento por cerca de uma hora e 15 minutos, a portas fechadas, com a voz distorcida e sem contato visual com o brasileiro. Essas medidas foram adotadas pelo tribunal para proteger a identidade da denunciante.
Daniel Alves foi preso preventivamente em 20 de janeiro de 2023. Ele teve quatro pedidos de liberdade provisória negados pela Justiça da Espanha, que usou como argumento o risco de fuga para o Brasil. O Ministério Público pede nove anos de prisão para o brasileiro.
A equipe da denunciante, cuja identidade não é revelada pela Justiça, quer 12 anos. A Justiça impôs a Daniel Alves o pagamento de € 150 mil (R$ 783 mil) caso seja condenado, a título de danos morais e psicológicos.
Próximos passos
Cerca de 22 testemunhas devem depor nesta terça-feira (6), incluindo Bruno, amigo de Daniel Alves que estava na boate, e a esposa do jogador, Joana Sanz. A audiência está agendada para começar às 11h (horário de Brasília). O julgamento na 21ª seção da Audiência de Barcelona é presidido pela juíza Isabel Delgado Pérez, acompanhada dos magistrados Luis Belestá Segura e Pablo Díez Noval.
No julgamento, a defesa de Daniel Alves vai apresentar uma quinta versão do que teria acontecido naquela noite. Segundo os jornais La Vanguardia e El Periódico, o brasileiro vai declarar que estaria embriagado na madrugada em questão. A advogada Inés Guardiola sustentaria que o acusado "não tinha plena consciência do que fez".