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Caso de Paquetá é considerado mais grave que outros similares e pode gerar banimento vitalício

Atleta nega ter cometido quaisquer irregularidades após denúncia de suposta manipulação durante partidas da Premier League

Por Da Redação
Ás

Atualizado
Caso de Paquetá é considerado mais grave que outros similares e pode gerar banimento vitalício

Foto: Lucas Figueiredo/CBF

O meio-campista da Seleção Brasileira e do West Ham, Lucas Paquetá vive um momento delicado na carreira. O jogador foi acusado de receber cartão amarelo de forma deliberada em quatro jogos da Premier League para que colegas lucrassem com apostas esportivas.

A Football Association (FA), órgão máximo do futebol inglês, quer que ele receba um banimento vitalício se for considerado culpado. Outros casos também ocorridos na Premier League tiveram penas mais brandas, quando atletas tiveram comportamento similar, a exemplo do zagueiro do Stratford Town Kynan Isaac que foi suspenso por dez anos por apostar que receberia um cartão amarelo em uma partida da FA Cup, no ano de 2021. 

Segundo o jornal britânico The Sun, que teve acesso a documentos da acusação da FA e divulgou a informação do desejo do banimento vitalício, os promotores argumentam que os supostos delitos de Paquetá são mais graves do que os já analisados por eles anteriormente. Por meio de nota oficial, a federação alega que Paquetá "procurou influenciar diretamente o progresso, a conduta ou qualquer outro aspecto ou ocorrência das partidas, buscando intencionalmente receber um cartão do árbitro com o propósito indevido de afetar o mercado de apostas para que uma ou mais pessoas lucrar com apostas".

Os jogos investigados pela federação inglesa para motivar as acusações foram contra o Leicester City, em 12 de novembro de 2022, contra o Aston Villa, em 12 de março de 2023, contra o Leeds United, em 21 de maio de 2023, e contra o Bournemouth, em 12 de agosto de 2023. Estima-se que cerca de 60 pessoas tenham apostado que o brasileiro seria advertido pelo juiz em um ou mais desses jogos, sendo todas as apostas feitas a partir da Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro, onde o jogador nasceu.

O SunSport aponta que a primeira casa de apostas a alertar sobre as suspeitas dos padrões de apostas foi a Betway, principal patrocinadora do West Ham. A empresa teria ficado intrigada com "o número incomum de apostas feitas nele para ser amarelado, rastreadas até a ilha onde ele nasceu".

Paquetá, que nega ter cometido quaisquer irregularidades, tinha até segunda-feira (3) para enviar uma posição com os argumentos a serem avaliados na investigação, mas os advogados solicitaram mais tempos. Ainda não ficou definido quando o recurso precisará ser apresentado.

O julgamento dos recursos será feito pelo Comitê de Apelações na Inglaterra. As partes ainda poderão recorrer, em última instância, à Corte Arbitral do Esporte na Suíça.

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