Caso Isabele Guimarães: Justiça extingue processo contra adolescente que matou amiga

A Justiça do Mato Grosso extinguiu o processo de medida socioeducativa da adolescente acusada de matar Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos, em um condomínio de luxo em Cuiabá, no ano de 2020.

A adolescente foi indiciada por ato infracional análogo a homicídio qualificado, imprudência e imperícia. Ela ficou internada no Complexo do Pomeri, em Cuiabá, por 1 ano e 5 meses, sendo liberada em junho de 2022. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) prevê que o prazo de internação não pode ultrapassar três anos e que a manutenção da medida deve ser reavaliada a cada seis meses. 

Relembrando o caso, Isabele foi morta por um tiro de pistola 380, que perfurou a narina e saiu pelo crânio. As investigações apontaram que a adolescente acusada foi responsável pelo disparo. Ela alegou que a arma era do seu namorado, na época com 16 anos, e que não se lembra de ter apertado o gatilho, mas acredita ter acionado o disparo que matou a amiga.

Existem indícios de que a cena do crime foi modificada, e testemunhas relataram que a arma de onde partiu o disparo não estava no local próximo ao corpo de Isabele. O pai da adolescente investigada fez um telefonema para o Samu afirmando que a vítima tinha levado uma queda, contradizendo a cena encontrada pelo médico neurocirurgião Wilson Guimarães Novais.