Caso Joel: Ex-policial é condenado e outro PM é absolvido por morte de garoto de 10 anos
Julgamento do PM Alexinaldo Santana Souza e do ex-policial Eraldo Menezes de Souza começou na segunda-feira (6) e foi finalizado nesta terça (7)
Foto: Reprodução/ Redes Sociais
O ex-policial Eraldo Menezes de Souza foi condenado a 13 anos e 4 meses de prisão pela morte de Joel, menina vítima de bala perdida aos 10 anos, em Salvador. Já o policial Alexinaldo Santana Souza foi absolvido pelo crime. O caso aconteceu em 2010, no bairro de nordeste de Amaralina dentro da sua própria casa, o garoto morreu aos 10 anos.
Já o julgamento de Alexinaldo Santana Souza e Eraldo Menezes de Souza aconteceu, nesta terça-feira (7), no Fórum Ruy Barbosa, na capital baiana. O júri popular começou na segunda-feira (6).
Mirian Conceição, mãe de Joel, em entrevista à TV Bahia, disse se sentir aliviada com a condenação de Eraldo, e informou que o Ministério Público da Bahia (MP-BA) vai recorrer da decisão.
Entenda o Caso
No dia 21 de novembro de 2010, Joel foi baleado, dentro da casa em que morava. Na época, a PM informou que fazia uma operação no nordeste de Amaralina e houve troca de tiros com suspeitos. A população deu outra versão e afirmou que os agentes já chegaram no local atirando.
Nove policiais militares que participaram da operação foram denunciados por homicídio com qualificadoras de motivo torpe, fútil e sem possibilidade de defesa da vítima. Os nove foram afastados das operações de rua pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA). Eles foram transferidos para atividades administrativas até o fim das investigações.
Dias depois do crime, um tenente da Polícia Militar, coordenador da operação que resultou na morte de Joel, foi preso por suspeita de participação em uma quadrilha de clonagem de cartões de crédito. Ele ficou detido no Batalhão de Polícia de Choque, em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador. Ele era um dos nove PMs que cumpria atividades administrativas.
O laudo da perícia apontou que o tiro que matou Joel saiu da arma do soldado Eraldo Menezes de Souza. O PM fazia parte da guarnição comandada pelo tenente Alexinaldo Santana Souza. Eles foram denunciados pelo MP-BA menos de dois meses após o crime, em janeiro de 2011, e desde então respondem o processo em liberdade.
Os outros sete PMs foram retirados do processo porque na época o juiz entendeu que eles não estavam no local do crime no momento que Joel foi morto.