Caso Miguel: TCE recolhe documentos na prefeitura de Tamandaré para apurar cargo da empregada no órgão
Segundo Mirtes, mãe no menino Miguel, ela não sabia da existência do cargo dela na prefeitura
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Foto: Reprodução | TV Globo
O Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE) recolheu, na segunda-feira (8), documentos e folhas de pagamento da Prefeitura de Tamandaré para investigar após a divulgação de dados sobre cargos comissionados de duas empregadas domésticas do prefeito Sérgio Hacker (PSB).
Segundo consta no portal da transparência da Prefeitura, as funcionárias são Marta Santana e Mirtes Santana, avó e mãe do menino Miguel Otávio, que morreu após cair do 9º andar de um prédio onde o prefeito vive com a família. Segundo Mirtes, ela não sabia da existência do cargo dela na prefeitura e afirmou que só trabalhava como empregada doméstica na casa do prefeito e a esposa, Sari Corte Real, que chegou a ser presa por causa da morte do menino, mas foi liberada após pagamento de fiança.
De acordo com o TCE, a investigação também irá apurar possíveis existências de outros cargos supostamente irregulares na prefeitura. No portal da transparência, Mirtes aparece como 'Gerente de Divisão CC6', com lotação em 'Manutenção das Atividades de Administração'.
No contrato, também há informações de que não houve exigência de comprovante de escolaridade e a carga horária aparece com um total de zero horas semanais, dando a entender que a empregada poderia ser uma funcionária "fantasma". Na folha de pagamento consta que ela possui um remuneração de R$ 1.517,57, quantia fixada até março deste ano.
Caso sejam constatadas irregularidades, a Prefeitura poderá responder na Justiça por crime de improbidade administrativa e peculato.