PF cumpre mandados de prisão por desvio de recursos para combater a Covid-19

A polícia Federal deflagrou uma operação em que cumpriu três mandados de prisão temporária e 14 mandados de busca e apreensão por desvio de recursos para combater a Covid-10 em São Luís nesta terça-feira (9). Na investigação, foram verificados indícios de superfaturamento na compra de 320 mil máscaras pela Secretaria Municipal de Saúde de São Luís (Semus). 

Segundo apurado eles vendiam os materiais no valor unitário de R$ 9,90, sendo que o preço médio praticado no mercado nacional é de R$ 3,17,o que resulta no superfaturamento aproximado de R$ 2.306.600.

Poucos dias antes do processo de dispensa de licitação, a Prefeitura  havia contratado o fornecimento de máscaras do mesmo modelo junto a outra empresa pelo de R$ 2,90 a unidade, totalizando a quantia de R$ 980 mil.

Além disso, há suspeitas de fraudes em processos licitatórios dessas empresas revendedoras de insumos hospitalares superfaturados nos municípios de Timbiras e Matinha. Há outra acusação que a empresa já teria formalizado contratos, após dispensa de licitação, para fornecer insumos para o combate ao Covid-19 com os municípios de Icatu, Cajapió, Lago do Junco e Porto Rico do Maranhão.

As ordens judiciais foram expedidas pelo juiz da 1ª Vara Federal de São Luís/MA.

A assessoria de Comunicação da Prefeitura de São José de Ribamar emitiu uma nota sobre o caso. Confira

Não houve, no âmbito da Prefeitura, qualquer operação da Polícia Federal. O conteúdo divulgado pela própria Polícia Federal diz que "deflagrou Operação a "COBIÇA FATAL" com a finalidade de desarticular associação criminosa voltada a fraude em licitações com o intuito de desviar recursos públicos federais que seriam usados no enfrentamento do Novo Coronavírus (COVID-19) em São Luís/MA." Isto é, apesar de citar a cidade de São José de Ribamar, não há investigação contra a Prefeitura.

A reportagem aguarda também resposta da assessoria da Prefeitura de São Luís.