Caso Vitória: Deputado solicita a Tarcísio que investigação seja reaberta
Parlamentar solicitou a transferência imediata do inquérito policial da Delegacia de Cajamar para o Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa

Foto: Reprodução/Redes Sociais
A morte da jovem Vitória Regina, de 17 anos, voltou a pauta do judiciário de São Paulo, nesta quinta-feira (9), quando o deputado estadual Rafa Zimbaldi (Cidadania-SP) pediu ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), a transferência imediata do inquérito policial da Delegacia de Cajamar para o DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa) da capital paulista, buscando a reabertura das investigações em decorrência das denúncias de falta de transparência na conclusão do caso.
Em comunicado encaminhado à CNN, o deputado reforçou que várias denúncias recebidas pelo gabinete, contam sobre desvios no curso das investigações.
A premissa é a mesma que é defendida por advogados do único suspeito acusado pelo crime, Maicol dos Santos, que contesta a confissão, alegando coerção. Outro ponto que também é destacado por parte da defesa, seria a presença de material genético de uma terceira pessoa na cena do crime, levantando algumas dúvidas sobre o encerramento da investigação inicial.
A reabertura das investigações do Inquérito Policial que tramita na Delegacia de Cajamar, foi formalmente pedida pelo deputado, através de ofícios a Tarcísio de Freitas, governador do Estado de São Paulo; Guilherme Derrite, secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo; Artur Dian, delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo; e ao DHPP.
Acusado escreve carta
A carta escrita por Maicol Antônio Sales dos Santos, anexada ao processo dias antes do depoimento à Justiça, nega categoricamente a participação na morte de Vitória e detalha a coarção e as ameaças que teriam ocasionado em uma falsa confissão.
Em trechos da carta que Maicol usa para negar o crime e acusar farsas/coações no processo, ele afirmou que não teve qualquer participação nos fatos.
"Deixei claro que não havia confessado, bem como qualquer intenção para tal", disse o suspeito no documento.
Maicol descreve em detalhes como ele teria sido coagido a confessar e como a polícia teria fabricado uma narrativa para ser repetida. De acordo com apuração da CNN, a defesa diz que a confissão foi feita sob coação.
"Recebi a visita (...) com diversas ameaças, contra mim e meus familiares, onde permaneci calado. Nesse momento, o investigador chefe disse que então me colocariam para repetir sobre o que eles queriam", disse.
Antes, em junho deste ano, Maicol disse que autoridades prometeram aposentadoria para a mãe dele e um vale aluguel em troca da confissão.