Casos de malária no Brasil estão em queda, diz infectologista
Dia Mundial de luta contra doença é lembrado neste domingo (25)
Foto: Divulgação/ Portal Biologia
O Dia Mundial da Luta Contra a Malária (World Malaria Day), é lembrado neste domingo (25), e segundo a pesquisadora do Laboratório de Pesquisa Clínica em Doenças Febris Agudas do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas da Fundação Oswaldo Cruz (INI/Fiocruz), Anielle Pina, houve uma queda no número de casos no Brasil. De 2019 para 2020, por exemplo, a redução foi de 13%.
“A gente vem em um patamar de casos muito baixo quando compara com a década passada. Acho que, ano a ano, a gente vem reduzindo o número de casos, de internações e de óbitos. Eu acho que isso é uma coisa muito importante”, afirmou Anielle.
De acordo com a pesquisadora, no início dos anos 2000 o Brasil tinha 600 mil casos. Em 2015, contabilizou 300 hospitalizações. Hoje, registra cerca de 135 mil casos, sendo 30 mortos.
Brasil, Venezuela e Colômbia juntos respondem por 80% dos casos de malária nas Américas. De acordo com dados do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica-Malária (Sivep-Malária), do Ministério da Saúde, mesmo com a pandemia em 2020, foram registrados no período de janeiro a junho 1.049 casos importados de outros países no Brasil, com maior ocorrência nos estados de Roraima e Amazonas. O país passou seis semanas em surto.
Anielle explica que a malária é uma doença febril aguda, transmitida pela fêmea do mosquito do gênero Anopheles. “Ela é transmitida por mosquito que esteja infectado por Plasmodium, que é o agente etiológico que causa malária”. Eles são de três tipos no Brasil que causam malária em seres humanos: Plasmodium vivax, Plasmodium falciparum e Plasmodium malariae.
Os sintomas mais comuns são febre, sudorese, calafrios, mal-estar, tonturas, cansaço, vômitos, mialgia e dores de cabeça intensas. Em casos graves, pode causar icterícia, convulsões, coma ou morte. Na grande maioria dos casos de malária, ocorre uma febre periódica a cada 48 horas ou 72 horas, dependendo do agente etiológico que está causando a infecção.