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Casos de síndrome respiratória aguda grave aumentam em dez estados

Boletim da Fiocruz indica retomada do crescimento na região centro-sul

Por Da Redação, Agências
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Casos de síndrome respiratória aguda grave aumentam em dez estados

Foto: Ricardo Wolffenbuttel / Agência Brasil

Dez estados brasileiros estão registrando aumento no número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), conforme indicado pelo boletim divulgado nesta sexta-feira (28) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Amapá, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Piauí, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo são os estados mais afetados por esta condição, causada principalmente pelos vírus Influenza A, vírus sincicial respiratório (VSR) e rinovírus, segundo a Fiocruz.

No âmbito nacional, há indícios de estabilidade na incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) tanto na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) quanto na de curto prazo (últimas três semanas).

Referente à Semana Epidemiológica 25, de 16 a 22 de junho, o estudo tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 24 de junho.

Covid-19

O boletim da Fiocruz mostrou ainda que a covid-19 tem se mantido em patamares baixos quando comparada a seu histórico de circulação. Contudo, o vírus tem sido a principal causa de internação por SRAG entre os idosos no estado do Ceará nas últimas semanas. Além disso, alguns estados do Norte e Nordeste também têm apresentado uma leve atividade de covid-19.

A pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz (Procc/Fiocruz) e do InfoGripe Tatiana Portella diz que ainda não tem nenhum sinal claro de crescimento de circulação da covid tanto no país, sobretudo nessas regiões. 

"No entanto, esse início de atividade do vírus nas regiões Norte e Nordeste merece a nossa atenção nas próximas semanas. É importante que os hospitais e as unidades de síndrome gripal dessas regiões reforcem a atenção para qualquer sinal de aumento na circulação do vírus”, alerta Tatiana.

Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos com resultado positivo para vírus respiratórios foi a seguinte: influenza A (22,6%), influenza B (0,8%), vírus sincicial respiratório (47,2%) e Sars-CoV-2/Covid-19 (6%). Em relação aos óbitos, a presença desses mesmos vírus entre os positivos foi de: influenza A (47,1%), influenza B (0,3%), vírus sincicial respiratório (21,5%) e Sars-CoV-2/Covid-19 (22,4%).

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