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Catástrofe humanitária nas inundações do leste da Líbia deixa milhares de mortos

A ONU faz apelo para arrecadar US$ 71,4 milhões em ajuda de emergência

Por Da Redação
Ás

Catástrofe humanitária nas inundações do leste da Líbia deixa milhares de mortos

Foto: Unicef/Abdulsalam Alturki

Segundo o subsecretário para Assuntos Humanitários e Coordenador de Ajuda de Emergência da ONU, Martin Griffiths, ainda não é possível determinar a dimensão da catástrofe humanitária provocada pelas inundações no leste da Líbia, que já deixaram milhares de mortos. Os números provisórios apontam para pelo menos 11 mil vítimas, além de milhares de desaparecidos e deslocados na cidade costeira de Derna, parcialmente destruída pela água e lama. A ONU lançou um apelo urgente nesta sexta-feira (15) para arrecadar US$ 71,4 milhões (R$ 357 milhões) em ajuda de emergência destinada a cerca de 250 mil pessoas afetadas pelas inundações.

Griffiths destacou a importância da coordenação com o governo local e outras autoridades na Líbia, enfatizando que o alcance total do desastre ainda é desconhecido. Tamer Ramadan, diretor das operações de ajuda do Comitê Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (CICV) na Líbia, afirmou que "ainda há esperança de encontrar sobreviventes", mas ressalta que qualquer balanço de mortos não seria definitivo nem preciso.

A região do leste da Líbia, onde ocorreu o desastre, está sob o controle do marechal Khalifa Haftar, não reconhecido internacionalmente. Autoridades da região informaram na quinta-feira que 3.800 mortes foram registradas, mas temem que esse número possa ser muito maior, podendo superar 11 mil vítimas.

A Líbia continua enfrentando as consequências das inundações repentinas provocadas pela supertempestade Daniel no fim de semana passado. Especialistas explicam que a combinação de infraestruturas deterioradas, edifícios construídos sem respeito às normas urbanísticas e a falta de preparo para uma catástrofe desse porte transformaram a cidade em uma verdadeira tragédia.

Petteri Taalas, diretor da Organização Meteorológica Mundial (OMM), afirmou que a maioria das mortes poderia ter sido evitada se não fosse a destruição da rede de observação meteorológica causada pelos anos de conflito no país. Advertências poderiam ter sido emitidas e as equipes de gestão de emergência teriam conseguido evacuar a população.

A comunidade internacional, incluindo a ONU, os Estados Unidos e diversos países do Oriente Médio e Norte da África, prometeu enviar ajuda e equipes de resgate estrangeiras na esperança de encontrar sobreviventes. O governo internacionalmente reconhecido liderado por Abdelhamid al-Dbeibah já mobilizou recursos para prestar assistência às vítimas. O Programa Mundial de Alimentos (PMA) também iniciou a distribuição de ajuda a mais de 5 mil famílias deslocadas pelas inundações, enfatizando a urgência de prover comida e abrigo para milhares de pessoas afetadas.

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