Celso de Mello prorroga inquérito que investiga suposta interferência de Bolsonaro na PF
Decisão aconteceu nesta segunda-feira (8)
Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF
O ministro decano do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, decidiu nesta segunda-feira (8) prorrogar por mais 30 dias o inquérito que apura falas do ex-ministro Sergio Moro a respeito de suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal (PF).
O procurador-geral da República, Augusto Aras, enviou uma manifestação à corte em que diz ser favorável ao pedido da PF. “O procurador-geral da República, no uso de sua atribuição constitucional de 'dominus litis', manifesta-se pelo deferimento do requerimento formulado pela Autoridade Policial, de modo a serem cumpridas as 'diversas diligências de polícia judiciária já determinadas pelas autoridades policiais que atuam na presente investigação criminal' para a conclusão do inquérito”, diz.
Na semana passada, Mello pediu que a PGR se manifestasse em um pedido feito pela delegada Christiane Correa Machado para a prorrogação de 30 dias para conclusão da investigação criminal que investiga denúncias contra o chefe do Executivo.
Ao anunciar sua saída do governo, em 24 de abril, Moro havia dito que Bolsonaro tentou interferir politicamente no trabalho da Polícia Federal e em inquéritos relacionados a familiares.