Cenipa começa análise de caixas-pretas de avião da Voepass que caiu em Vinhedo (SP)
Materiais devem ajudar a desvendar o que aconteceu com avião que caiu no interior do estado e matou 62 pessoas
Foto: Reprodução/Redes sociais
O Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) iniciou neste sábado (10) a análise das caixas-pretas do avião da Voepass que caiu em Vinhedos, a 79 km da capital paulista, na tarde de sexta-feira (9).
O material, que contém as gravações dos momentos vividos no voo, foi transportado para Brasília, onde já está sendo analisado pelos investigadores.
O Cenipa, órgão vinculado à Força Aérea Brasileira, recuperou a caixa-preta do avião no final da tarde do dia do acidente.
Segundo a unidade de São Paulo, Cenipa 4, os gravadores foram encontrados nas siglas em inglês, CVR, o cockpit voice recorder, e o FDR, flight data recorder. O primeiro grava vozes da cabine e o outro dados do voo, como altitude, meteorologia, velocidade, dentre outros.
O acidente matou os 58 passageiros e os quatro tripulantes que estavam a bordo. Inicialmente, foi divulgado que 61 pessoas estavam no avião. Mas, neste sábado (10), a Voepass afirmou que o nome de um passageiro, Constantino Thé Maia, não constava da lista de embarcados.
A aeronave, que decolou às 11h50 e tinha previsão de chegada às 13h40, perdeu 3.300 metros de altitude em menos de um minuto a partir das 13h21, segundo o site Flight Aware, que monitora voos em tempo real ao redor do mundo.
Registros do site mostram que o bimotor começou a perder altitude às 13h20, quando estava a cerca de 5.100 metros. Cerca de um minuto depois, atingiu 1.798 metros, no último registro disponível.
Segundo a Força Aérea Brasileira, o avião deixou de responder às chamadas do Controle de Aproximação de São Paulo às 13h21. O piloto não teria declarado emergência ou reportado estar sob condições meteorológicas adversas.
A Voepass, dona da aeronave, disse que ainda não tem informações sobre a causa do acidente. O CEO da companhia aérea, Eduardo Busch, afirmou ainda que tudo o que tem circulado nas redes sociais é especulação.