Cerca de 1,1 milhão de crianças perderam um dos pais ou avós para a covid-19
O estudo, coletou dados de 21 países, na qual aponta que a taxa de mortalidade de cuidadores primários foi de pelo menos uma a cada 1 mil crianças
Foto: Reprodução/R7
De acordo com um estudo baseado em modelos e publicado nesta quarta-feira (22) pela revista científica The Lancet, cerca de 1,1 milhão de crianças no Brasil perderam pelo menos um cuidador primário para a covid-19.
Para aqueles que perderam cuidadores secundários, o número sobre durante os primeiros 14 meses da pandemia e chega a 1,5 milhão de crianças. O estudo, coletou dados de 21 países, na qual aponta que em lugares como Brasil, Peru, África do Sul, México, Colômbia, Irã, Estados Unidos, Argentina e Rússia, a taxa de mortalidade de cuidadores primários foi de pelo menos uma a cada 1 mil crianças.
As mortes pela covid-19, em todos os países, foram maiores entre os homens do que entre as mulheres, especialmente nas faixas etárias médias e mais velhas. Foram cinco vezes mais perdas de pais do que de mães.
A análise contou com dados de mortalidade e fertilidade para modelar as taxas de orfandade associadas ao novo coronavírus e as de custódia e coabitação de avós (60-84 anos), entre 1º de março de 2020 e 30 de abril deste ano.