CGU aponta que governo pagou R$ 10,1 bilhões em benefícios indevidos
Segundo o relatório, pelo menos R$ 139,6 milhões teriam sido destinados a pessoas falecidas

Foto: Farol da Bahia/Gilberto Jr.
A Controladoria Geral da União (CGU) divulgou, nesta terça-feira (22), um relatório de auditorias, que identificou que o governo federal pagou cerca de R$ 10,1 bilhões em auxílio emergencial de forma indevida em 2020. Ainda segundo os dados, somente 1,5% dos valores foram devolvidos e retornaram aos cofres públicos.
O relatório pontua que os responsáveis pelo programa, ou seja, o Ministério da Cidadania, tem uma "gestão incipiente do processo de ressarcimento dos recursos do auxílio emergencial". A pasta não possui uma estimativa de beneficiários que faltam devolver o valor.
De acordo com dados do relatório, cerca de R$ 2 bilhões foram destinados a pessoas com renda familiar acima do limite permitido pelo governo. Outros R$ 1,2 bilhão foram recebidos por agentes públicos estaduais, municipais e distritais. Mais de R$ 4 bilhões foram pagos a pessoas com empregos de carteira assinada. Outros R$ 2,9 bilhões foram destinados indevidamente por outras razões. O documento ainda revela que, pelo menos, R$ 139,6 milhões teriam sido pagos a 74,5 mil a pessoas que já faleceram.
A CGU pontua que o objetivo é evitar desvios e fraudes, "garantindo que o auxílio seja pago a quem realmente se enquadra nos requisitos".