Vídeo: Em Araraquara, mulher come gato para não passar fome
Cidade do interior de São Paulo decretou novo lockdown na última quinta-feira (17)

Foto: Divulgação/Prefeitura de Araraquara
Há cerca de cinco dias, a cidade de Araraquara, no interior de São Paulo, enfrenta um novo lockdown após registrar uma alta nos casos de Covid-19 por três dias consecutivos. Para conter o avanço do vírus, a circulação de pessoas nas ruas sofreu restrições por parte da gestão do prefeito Edinho Silva (PT) e todo o comércio precisou fechar as portas. Na última quinta-feira (17), quando a media foi anunciada, a secretária de saúde do município Eliana Honain, justificou a decisão dizendo que "só se evita transmissão com distanciamento social”.
Diante desse cenário, o presidente da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP), coronel Melo Araújo, concedeu uma entrevista para a Jovem Pan nesta segunda-feira (21) para comentar a situação na cidade e, logo no começo da entrevista, ele divulgou um áudio de uma moradora da cidade falando sobre a atual situação da população diante da interrupção das atividades comerciais, em especial a de comércio de alimentos.
"Foi o contexto lá da mulher do Jardim São Rafael que comeu o gato da vizinha (...), o prefeito aqui está tão insolente que ele fechou as entradas da cidade para que ninguém saia e que ninguém entre na cidade. A gente pede socorro, socorro, por que tá muito difícil mesmo, tá impossível conviver em Araraquara e a gente não consegue fazer nada por conta da ditadura deste homem.", disse a mulher, emocionada, no áudio.
Após a divulgação do áudio, o coronel explicou que desde o começo da pandemia da Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pediu para que a CEAGESP distribuísse alimentos para as populações mais carentes, independente do partido ao qual o prefeito da cidade pertença e que diversas operações do tipo foram feitas no interior do estado. "Nós formos com 100 toneladas de alimentos para a população, estivemos lá em meio e tivemos vários empecilhos. Foi a única cidade em que nós formos onde não tivemos apoio da prefeitura.", disse Melo Araújo.
Além disso, o coronel explicou que a mulher que enviou o áudio falando da história envolvendo o gato foi uma das pessoas que recebeu as doações da CEAGESP. "A situação que eu vi lá realmente era um pós-guerra, nenhuma das outras cidade que eu vi a situação era tão crítica como essa. As pessoas realmente (estavam) fuçando o lixo.", comentou o presidente da Companhia.