CGU encontra irregularidades no pagamento da assistência à saúde a servidores federais
Apenas em dezembro de 2023, os pagamentos indevidos a dependentes somaram R$ 7,9 milhões

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Uma auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) identificou irregularidades no pagamento da assistência à saúde suplementar a servidores públicos federais. Segundo a análise, o benefício foi pago a dependentes que não têm direito ao auxílio, como pais e irmãos, e até a pessoas já mortas ligadas a 1.405 servidores.
Segundo a coluna de Tácio Lorran, do Metrópoles, apenas em dezembro de 2023, os pagamentos indevidos a dependentes somaram R$ 7,9 milhões. Se mantido esse padrão, o prejuízo aos cofres públicos pode ultrapassar R$ 94 milhões em um ano.
A assistência à saúde suplementar é prevista em lei e funciona por meio de convênio, contrato ou ressarcimento parcial de despesas com planos de saúde. Em dezembro, o governo gastou R$ 42,5 milhões com o benefício.
De acordo com a CGU, não há um sistema automatizado para bloquear pagamentos a dependentes mortos. Atualmente, o controle é feito de forma manual, dependendo da comunicação do falecimento pelo servidor ou pelo plano de saúde. A auditoria também identificou falhas nos cadastros de dependentes.
Em nota, a CGU informou que a auditoria teve caráter preventivo e visou identificar fragilidades nos sistemas e na regulamentação do benefício, mas não acompanhou eventuais ressarcimentos.