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CGU identifica irregularidades em seleção de beneficiários do Minha Casa, Minha Vida no Piauí

O caso envolve a participação de funcionários da Caixa Econômica Federal

Por Da Redação
Ás

CGU identifica irregularidades em seleção de beneficiários do Minha Casa, Minha Vida no Piauí

Foto: Governo Federal

Pelo menos 94 beneficiários de 100, do programa Minha Casa, Minha Vida, na cidade de Porto, no Piauí, foram identificados com irregularidades em auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU). O caso envolve a participação de funcionários da Caixa Econômica Federal no descumprimento de exigências do programa. 

Dos irregulares, pelo menos dois beneficiários são inelegíveis ao programa do governo federal e os outros 92 foram selecionados sem atender às normas nacionais de priorização do programa. 

A CGU também identificou parentes e servidores da prefeitura entre os beneficiários, além de 10 pessoas do mesmo núcleo familiar. 

A fiscalização ocorreu na primeira etapa das 200 unidades habitacionais do condomínio Deputado Ciro Nogueira. As unidades foram entregues aos beneficiários em maio de 2021.

O terreno do condomínio foi comprado do irmão do prefeito Dó Bacelar (PP), que administra o município de Porto desde 2017. A área está localizada na zona rural, o que descumpre outra regra do programa. Porém, uma alteração em justificativa no cartório da cidade classificou a localização do terreno como zona urbana.

“A restrição de informações e a falta de transparência impostas pelo gestor municipal impediram a identificação de outros casos de beneficiários que porventura foram selecionados irregularmente e dos casos de pessoas do público prioritário do programa ou do público geral que, eventualmente, deveriam ou poderiam ter sido atendidas”, observa o relatório.

No total, foram 24 irregularidades identificadas pela CGU na seleção de beneficiários e na construção do empreendimento do Minha Casa, Minha Vida em Porto.

“As irregularidades detectadas evidenciaram que os agentes públicos da Prefeitura Municipal de Porto/PI, responsáveis pelo PMCMV no município, entre os quais o Prefeito Municipal (Gestão 2017-2024), contando com a conivência de funcionários da CAIXA/GIHABTE/Teresina, desobedeceram, isoladamente ou com a contribuição de tais funcionários, a várias exigências normativas do Programa MCMV”, diz a CGU.

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