Chance do fenômeno La Niña ocorrer até o final do ano diminui, diz ONU
Novo relatório mostrou probabilidade de 55% de ocorrer o fenômeno entre os meses de setembro e novembro
Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil
O novo relatório divulgado na última quarta-feira (11) pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), agência da ONU, mostrou que a probabilidade de não ter formação do El Niño ou da La Niña é de 55% entre os meses de setembro e novembro de 2024. Nos meses seguintes, a previsão sobe para 60%. As previsões são menores em comparação com o dado divulgado no relatório anterior de julho. Assim, agosto e novembro teriam 70% de chance da ocorrência do fenômeno La Niña.
O fenômeno La Niña ocasiona o resfriamento da temperatura da água no central e leste do Oceano Pacífico equatorial. Também provoca mudanças na circulação atmosférica tropical, com ventos, precipitação e pressão. No Brasil, o evento climático causa secas no sul do país e chuvas no norte e nordeste. Além de provocar uma queda de temperatura no sudeste e sul, segundo Inmet. Os efeitos variam de acordo com a época do ano.
Segundo a organização, os eventos climáticos naturais estão ocorrendo devido às mudanças climáticas em decorrência da ação humana. A nota evidência o aumento de temperatura nos últimos anos. Segundo a ONU, os últimos nove anos foram os mais quentes já registrados.
“Desde junho de 2023, vimos uma longa sequência de temperaturas globais excepcionais da superfície terrestre e marítima. Mesmo que um evento de resfriamento de curto prazo, La Niña surja, ele não mudará a trajetória de longo prazo do aumento das temperaturas globais devido aos gases de efeito estufa que retêm o calor na atmosfera”, advertiu a Secretária-Geral da OMM, Celeste Saulo.