Chegou a vez do Brasil
Confira o editorial desta segunda (18)
Foto: Getty Images
A aprovação do uso emergencial de duas vacinas – Coronavac e da Oxford – no Brasil, pela Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária), marca um dia histórico no país.
Para muitos, é o antídoto com maior potencial para o início do fim da pandemia; a esperança por meio da ciência que pode evitar o colapso dos sistemas público e particular em território nacional e, igualmente relevante, uma dose de vida ante uma doença que mata e já ceifou mais de 210 mil vidas por aqui.
Caprichos de políticos e suas famigeradas e às vezes espalhafatosas politicagens devem ficar à margem da questão. Não é novidade que a covid-19, e posteriormente a vacina, foram desde sempre politizadas no Brasil, usadas como escudo ou vitrine eleitoreira.
Sem dúvida, a vacina é uma imunização possível e com respaldo científico e agora, enfim, é realidade no país e é urgente que a população faça valer os esforços de governos e profissionais para tê-la e tempo recorde.
Vacinação não é um ato solitário, algo que se faz apenas para autoproteger. Vacinação é entendida como um ato coletivo. Quando se faz campanhas de vacinação, o entendimento é esse: se eu conseguir vacinar uma grande parte da minha população, eu vou diminuir a pressão que o vírus de uma determinada doença (neste contexto atual é o da covid-19, exerce sobre uma determinada população.
Obrigar não é pegar na marra e levar para ser vacinado. Por exemplo, ninguém consegue matricular a criança na escola, creche, se não tem carteira vacinal completa. Então, não terá acesso à escola, como não viaja porque não adquire passaporte. O indivíduo tem que entender este tipo de sanção. Tem que arcar com as consequências de não querer tomar vacina.
O processo é de diminuir o número de pessoas que estão contaminadas e, mais do que obrigar o indivíduo a ser vacina, é fazê-lo compreender que vacinar é um ato de amor coletivo.