Chile decide sobre nova Constituição neste domingo (17)
Após rejeição de proposta de esquerda, chilenos votam em nova tentativa de definir a substituição da Constituição vigente
Foto: Freepik
O Chile retorna às urnas neste domingo (17) para decidir sobre a aprovação ou rejeição de uma nova Constituição. Este processo visa substituir a atual, promulgada em 1980 durante a ditadura de Augusto Pinochet, marcando um momento de significativa transição para o país.
Após intensos protestos contra a desigualdade, cerca de três anos atrás, quase 80% da população chilena votou pela redação de uma nova Constituição. Uma primeira versão foi redigida, enfatizando aspectos como benefícios sociais, direitos ambientais, paridade de gênero e direitos indígenas. Contudo, essa proposta foi rejeitada por 62% dos chilenos em um plebiscito em setembro deste ano.
Em seguida, um conselho, majoritariamente composto por setores da direita, começou a elaborar uma nova proposta, sendo o Partido Republicano, liderado pelo ex-candidato à presidência José Antonio Kast, um dos principais representantes desse processo. Esta é a segunda proposta submetida a votação neste domingo, gerando um clima de incerteza em relação ao rumo da nova Carta Magna chilena.
Gabriel Boric, o presidente de esquerda empossado em março de 2022, que pressionou o governo liderado por Sebastián Piñera a iniciar o processo constitucional em 2019, enfrenta uma situação delicada. Se a proposta atual for rejeitada, será uma vitória para ele. Porém, se for aprovada, representará um revés para um presidente já com baixa popularidade, intensificando o cenário de incertezas políticas no Chile.