Chile lidera corrida da imunização da população na América Latina
País já vacinou mais de 15% de sua população
Foto: Reprodução/Panrotas
O planejamento na compra de imunizantes contra a Covid-19 e a estrutura centralizada fizeram com que o Chile garantisse doses suficientes para vacinar duas vezes sua população e se tornasse o único país da América do Sul com mais de 10% de seus habitantes vacinados até o mês de fevereiro.
Em 21 dias, mais de 3 milhões de habitantes haviam recebido ao menos uma dose da vacina, segundo os dados do Our World in Data, da Universidade de Oxford. O plano é chegar a 5 milhões de vacinados, um quarto da população de 19 milhões, até o fim de março, e 15 milhões até o fim de julho. Com 14% da população vacinada, o Chile está atrás apenas de Israel (49%), Reino Unido (25%), Bahrein (16%) e EUA (14%).
A maior parte das vacinas administradas pelo governo foi adquirida da chinesa Sinovac, 4 milhões de doses já foram entregues e outras 4,5 milhões devem chegar entre os dias 25 e 26, segundo o Ministério da Saúde. Em paralelo à negociação com a China, o Chile atuava em outras frentes.
O embaixador do país em Londres, David Gallagher, ajudou a garantir doses da AstraZeneca, Pfizer e Johnson & Johnson. O foco do governo não estava em saber de onde a vacina chegaria, mas em ter o maior número de doses possível.
“O Chile negociou mais cedo do que outros países e começou a vacinação em um ritmo muito forte, com cerca de 150 mil a 200 mil cidadãos vacinados por dia”, afirmou Moisés Marques, professor de relações internacionais da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (Fesp).