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China reage a críticas dos EUA sobre negócios no Brasil e América Latina

Pequim classifica declarações de autoridades norte-americanas como infundadas e ridículas

Por Da Redação
Ás

China reage a críticas dos EUA sobre negócios no Brasil e América Latina

Foto: reprodução/ agência pequim

O governo da China respondeu às críticas dos Estados Unidos sobre seus negócios no Brasil e na América Latina, contestando as declarações do secretário de Estado adjunto para Assuntos do Hemisfério Ocidental, Brian A. Nichols, em entrevista exclusiva ao Estadão. Em um tom diplomático duro, Pequim protestou contra as considerações de Nichols, alegando que são infundadas e ridículas, e afirmou que o objetivo do secretário era difamar a parceria e minar as relações sino-brasileiras. 

Nichols, durante a entrevista, afirmou que os projetos de infraestrutura chineses são enganosos, de baixa qualidade e não contribuem positivamente para o crescimento econômico dos países parceiros no longo prazo. Além disso, ele mencionou a existência de casos de corrupção nos projetos. 

Nos últimos meses, os Estados Unidos e seus aliados europeus têm tentado contrapor os interesses chineses na América Latina, África e Ásia, replicando a estratégia da China de oferecer financiamento em projetos de infraestrutura. O secretário de Estado Anthony Blinken recentemente visitou a África e a Ásia Central. A visita de Nichols ao Brasil, na qual ele mencionou a possibilidade de financiamento de empreendimentos e energia limpa pela iniciativa privada dos Estados Unidos, também evidencia essa postura.

A embaixada chinesa em Brasília emitiu um comunicado oficial expressando forte insatisfação e veemente repúdio às declarações do secretário de Estado dos EUA. O embaixador Brian Nichols é a principal autoridade no Departamento de Estado norte-americano para questões relacionadas às Américas. Sua visita ao Brasil foi a segunda missão de alto escalão enviada por Biden desde a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China em abril, quando as relações com Pequim foram reforçadas e buscaram-se investimentos.

A principal oferta da China é a Belt and Road, também conhecida como Iniciativa Cinturão e Rota, que completa dez anos em 2023 e representa um dos focos de expansão da influência chinesa ao redor do mundo. A iniciativa envolve projetos de infraestrutura financiados pela China, como portos, pontes, hidrovias, rodovias e ferrovias. Mais de 20 países da América Latina já participam do projeto.

Apesar de a China buscar uma maior aproximação com o Brasil, há divergências sobre a adesão brasileira ao projeto, e o presidente brasileiro não assinou formalmente a participação quando visitou Pequim em abril. No entanto, autoridades do governo brasileiro demonstraram preferência por parcerias com a China para a reindustrialização do país.

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