Cid não deixou de ser indiciado por trama golpista
Cid apoiou na investigação e fez uma delação premiada depois de ser preso temporariamente pela PF
Foto: Lula Marques/Agência Brasil
O tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, o ex-chefe da ajuda de ordem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL),é um dos 37 indiciados por fazer parte do golpe para Jair Bolsonaro permanecer no poder e impedir a posse de Lula como presidente.
Cid apoiou na investigação e fez uma delação premiada depois de ser preso temporariamente pela PF. Entretanto, ser delator não afetou o indiciamento dele. Agora, Cid pode se tornar réu e responder criminalmente por golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
O militar foi interrogado pelo relator, o ministro do STF, Alexandre de Moraes, na tarde deste quinta-feira (21). Existe a suspeita de que Cid omitiu informações sobre a trama golpista na delação.
A Polícia Federal finalizou o inquérito que apurava uma tentativa de golpe no Brasil, e indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e pessoas próximas dele, como os ex-ministros Augusto Heleno e Walter Braga Netto. De acordo com as investigações, os golpistas se dividiam em seis núcleos: o de desinformação, o de incitação aos militares, o jurídico, o de inteligência paralela e o dois operacionais.