Cidade milenar Maia é encontrada por acidente em floresta no México por estudante
Segundo os pesquisadores acreditam que a cidade foi lar de 30 mil a 50 mil pessoas, entre os anos de 850 a.C. a 750 a.C
Foto: Reprodução / Google Street View
Uma grande cidade Maia foi achada após anos de desaparecimento em uma floresta no estado de Campeche, no sudeste do México. O local conhecido como Valeriana, foi encontrado por acidente pelo estudante de doutorado da Universidade Tulane, nos Estados Unidos, Luke Auld-Thomas. A informação foi divulgada pela BBC nesta segunda-feira (28).
Ele estava utilizando a "Lidar", uma tecnologia para mapeamento de estruturas escondidas na vegetação, quando notou algo diferente. O estudante utiliza uma técnica de sensoriamento remoto que dispara milhares de pulsos de laser de um avião e mapeia a presença de objetos e construções.
O local que estava sendo escondido conta com uma pirâmide, uma arena para jogos e eventos e ruas que conectam diferentes distritos, além de dois grandes edifícios centrais e ligados a cerca de 2 km de distância. Segundo os pesquisadores acreditam que a cidade foi lar de 30 mil a 50 mil pessoas, entre os anos de 850 a.C. a 750 a.C, e que este é o segundo maior sítio arqueológico maia de toda a América Latina, atrás apenas de Calakmul.
"Eu estava em algo como a página 16 dos resultados de pesquisa do Google e encontrei uma pesquisa a laser feita por uma organização mexicana para monitoramento ambiental", relatou Auld-Thomas à reportagem. Quando ele processou os dados com métodos usados por arqueólogos, fez a descoberta das construções abandonadas, documentada em uma publicação no periódico acadêmico Antiquity.
Conforme os pesquisadores, as mudanças climáticas afetaram no fim da grande civilização da época. "As evidências sugerem que o local estava completamente lotado de pessoas no início das condições de seca e não havia muita flexibilidade. Então, talvez todo o sistema basicamente se desfez à medida que as pessoas se mudavam para mais longe", explicou Luke.