Cientistas afirmam que consumir álcool não altera efeito de vacina contra Covid
Também não há contraindicação para quem faz uso pesado do álcool
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A diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e médica Mônica Levi afirma que é mito dizer que é necessário cortar o consumo de álcool no período de imunização contra a Covid-19. De acordo com ela, há muito "despreparo" dos profissionais de saúde. "Infelizmente o Brasil não deu conta de fazer um bom treinamento dos profissionais, e cada um fala o que quer", disse. As informações são do GLOBO.
Para Levi, essa falsa afirmação pode desestimular a proteção de parte da população. Ela acredita que entre o milhão de pessoas que não apareceram para receber a segunda dose da vacina podem estar impactados por essa desinformação.
O mito se traduz tanto em receio de que a vacina não funcione quanto de que provoque uma reação indesejada, mas os fabricantes dos imunizantes usados no Brasil, CoronaVac e Covishield, não veem comprometimento do efeito nem o risco de eventos adversos ligados às bebidas. Nos estudos clínicos, os voluntários não precisaram ter nenhum cuidado quanto a isso.
“Não há nenhuma evidência sobre a relação do álcool com o comprometimento da formação de anticorpos promovida pela vacina Covid-19”, informou o Ministério da Saúde.
Para a SBIm, a resposta menor do sistema imunológico é uma questão entre as pessoas que fazem o consumo pesado de álcool, em em especial aquelas que já têm uma doença hepática. E ainda assim, elas não têm nenhuma contraindicação para tomar a vacina, afirmou Levi.