Cientistas tentam desenvolver terapias para quem não pode se vacinar
Segundo a pesquisa, os anticorpos introduzidos no corpo atacam as células infectadas, mas o tratamento não induz a uma resposta imune
Foto: Reprodução/ Adobe/Kateryna Kon
Cientistas estão buscando terapias para quem não puder se vacinar contra a covid-19. Uma delas, chamada de AZD7442, está na fase 3 de testes clínicos. A fórmula é desenvolvida pelo University College Hospital com o laboratório AstraZeneca, o mesmo que trabalha com o Instituto Jenner, da Universidade de Oxford, no desenvolvimento de uma vacina contra a covid-19.
De acordo com a virologista Catherine Houlihan, que lidera a pesquisa, um dos estudos é o Storm Chaser (Caçador de Tempestades). "Os testes devem comprovar que esse tratamento leva à proteção imediata contra o desenvolvimento de covid-19 naqueles que foram expostos à doença – quando seria tarde demais para serem vacinados".
Segundo a pesquisa, os anticorpos introduzidos no corpo atacam as células infectadas, mas o tratamento não induz a uma resposta imune do organismo.
É bom que lembrar que a terapia não substitui a vacina contra o novo coronavírus: ao contrário dos imunizantes, a profilaxia não ensina o sistema imunológico a produzir anticorpos contra o Sars-CoV-2.
O outro estudo desenvolvido pelo UCLH, chamado Provent, tem como objetivo descobrir se essa mesma terapia pode ser usada por quem for vacinado e não desenvolver anticorpos ou for dos grupos de risco, como idosos e pessoas com comorbidades. Os pesquisadores esperam que a proteção dada pela AZD7442 se estenda de 6 a 12 meses depois de apenas 1 dose.