Cisne Vermelho VI
Confira coluna completa de Matheus Oliva
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Foto: "In vino veritas – El Enemigo" – Foto: Matheus Oliva
Nestes tempos atuais o julgamento instantâneo prospera e a reflexão é obsoleta. A polarização reduz a política a um cabo de guerra ideológico, e quem prega o diálogo ponderado parece um rabino lendo a Torá em Meca. Fundamentalistas e extremistas abriram um enorme espaço para os espertos. No meio desse caos, Donald Trump é visto por alguns como um conservador, defensor de valores tradicionais e um contrapeso ao globalismo progressista. Mas essa é uma leitura ingênua. Trump não é um conservador no sentido clássico do termo. Seu projeto político não se baseia na preservação de instituições, tradições e valores. Mas sim na destruição de qualquer opositor. Seu "conservadorismo" é meramente instrumental, uma narrativa eleitoral para mobilizar descontentes e obter apoio irrestrito com a guerra ao Estado burocrático esbanjador. Salvador da República.
No plano global Trump governa como um imperialista, não como um republicano. Sua política externa não se preocupa com direitos humanos, soberania nacional ou valores democráticos. Ele negocia a Ucrânia como se fosse uma ficha de pôquer e dá sinais claros de que seu interesse é puramente geopolítico. No baile aristocrático sequer cumprimenta os Europeus, prefere estar na mesa com Vladmir Putin e Xi Jiping organizando novas fronteiras territoriais e rotas comerciais para as partes.
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