CNI considera novo PAC um avanço para a infraestrutura brasileira

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) considera o lançamento do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), anunciado pelo governo federal nesta sexta-feira (11), um passo importante na direção do avanço da infraestrutura brasileira. A iniciativa tem como objetivo principal expandir os investimentos no setor, priorizando parcerias com o setor privado e a conclusão de obras pelo país. 

Para a entidade, o governo de Luiz Inácio da Silva (PT) acerta ao priorizar no novo PAC a retomada das obras de infraestrutura interrompidas. A CNI fez um diagnóstico, publicado no documento Propostas da Indústria para as Eleições 2022, segundo o qual cerca de 4 em cada 10 obras públicas federais se encontravam paralisadas no país.

O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, alerta que as paralisações ocorrem de modo geral por problemas de gestão e governança. “O Brasil investe pouco em infraestrutura e parte do que investe acaba preso em obras paralisadas, que consomem recursos e não trazem benefícios para a economia ou para a população. As paralisações não são necessariamente consequência da complexidade dos empreendimentos, mas de falhas básicas na forma como o setor público executa seus projetos de infraestrutura”, pontua.

Ele destaca que os investimentos e parcerias planejados com o setor privado no novo PAC são essenciais para reverter o déficit de infraestrutura. Ao longo da última década, o Brasil investiu, em média, menos de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) anualmente, o que equivale a menos de R$ 200 bilhões por ano. A CNI projeta que dobrar esse montante de investimento no setor ao longo de duas décadas é necessário para manter a infraestrutura atual do país e superar os gargalos.