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Economia

CNI enxerga subsídio e políticas irregulares em produção de alumínio da China

Em 15 anos, país asiático se tornou o maior produtor do metal em todo o mundo

Por Da Redação
Ás

CNI enxerga subsídio e políticas irregulares em produção de alumínio da China

Foto: Divulgação/CBA

Alvo de medidas de defesa comercial de diversos países, a China multiplicou por sete sua produção de alumínio em 15 anos e passou a ser a maior produtora do metal em todo o mundo. Um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com a Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), obtido pelo Estadão aponta que, apoiado em subsídios e políticas que contrariam normas da Organização Mundial do Comércio (OMC), o país asiático aumentou sua participação na produção mundial de alumínio de 24%, em 2005, para 54% em 2019. 

Em um período de 15 anos, a China passou de 12.ª para a principal exportadora do produto para o Brasil. O estudo lista incentivos à indústria de alumínio como fornecimento de energia elétrica abaixo do valor de mercado, concessão de crédito com taxas abaixo das praticadas no mercado internacional e controle do preço de insumos, inclusive com a estocagem de alumínio. Por isso, nove dos dez principais mercados de alumínio adotaram medidas de defesa comercial contra o alumínio chinês. Apenas o Brasil ainda não adotou nenhuma medida, que já foi pedida pela indústria nacional. 

“As práticas da China para subsidiar a produção de alumínio causam danos ao comércio mundial e à concorrência saudável desse produto, inclusive no Brasil. O governo brasileiro precisa seguir o exemplo de outras economias, que aplicaram medidas para combater e desencorajar essas práticas”, afirma o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Eduardo Abijaodi.

O domínio chinês nos mercados de alumínio e de aço esteve no cerne da guerra comercial entre o governo do presidente americano Donald Trump e a China, que acabou respingando no Brasil. No caso do alumínio, os Estados Unidos implementaram quatro medidas compensatórias contra os chineses e consideraram que os subsídios encontrados representavam entre 10% e 55% dos preços dos bens importados. Em 2018, aplicaram salvaguardas, ou seja, sobretaxas à importação de todos os países, inclusive o Brasil, que tem de pagar 10% a mais para vender alumínio para os americanos.

Com isso, os embarques para os EUA do alumínio brasileiro caíram mais de 50% em 2020. Também o Canadá condenou 17 tipos de subsídios chineses, que representavam 47% do valor médio dos produtos derivados de alumínio. Desde o início dos anos 2000, a China colocou em seu planejamento oficial a meta de ampliar a produção de alumínio para seus projetos de infraestrutura, produção de veículos, bicicletas e outros bens. 

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