CNJ investiga juíza que ofendeu ministros do STF e divulgou canal de Allan dos Santos
Ludmila Lins Grilo, magistrada do TJMG, também indicou ter participado de evento conservador em Florianópolis
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O ministro Luís Felipe Salomão, corregedor do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), decidiu instaurar uma investigação sobre a conduta da juíza Ludmila Lins Grilo, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, por participação em evento com conotação política, ofensas a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e divulgação do canal do jornalista Allan dos Santos na internet.
A decisão estipulou o prazo de cinco dias para apresentar defesa. Logo após, caberá ao conselho analisar se cabe punição contra Ludmila Lins Grilo. O ministro Alexandre de Moraes, do STF, já foi oficiado pelo CNJ, uma vez que Allan dos Santos é investigado no inquérito das fake news, relatado por Moraes. O conselho também oficiou o TJ-MG sobre a decisão.
Uma norma do Conselho Nacional proíbe manifestações como a da juíza no período eleitoral. É proibido também ao magistrado associar sua imagem profissional a pessoas ou canais que colaborem com a deterioração do sistema judiciário eleitoral.
O caso
De acordo com a decisão do CNI, , a juíza publicou as ofensas nas redes sociais "com o propósito, entre outros, de externar juízo depreciativo sobre decisões proferidas por órgãos de cúpula do Poder Judiciário", postura que, ainda conforme a decisão, "em princípio, pode ter violado deveres funcionais inerentes à magistratura".
O órgão ainda afirmou que Ludmila divulgou canal do jornalista Allan dos Santos após a decisão do STF que determinou o bloqueio das contas dele nas redes sociais.
Segundo a determinação do CNJ, a conduta da juíza "pode, em princípio, ser violadora de deveres funcionais inerentes à magistratura, notadamente o de manter conduta irrepreensível na vida pública e particular".
A juíza também é acusada de participação em congresso com conotação aparentemente política no em setembro do ano passado com blogueiros e políticos.