CNJ investiga possível envolvimento de magistrados e servidores do Judiciário nas invasões de 8 de janeiro

A Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) informou na terça-feira (12), que está conduzindo uma investigação para apurar a possível participação de magistrados e servidores do Judiciário nas invasões ocorridas em 8 de janeiro, quando uma parcela dos prédios da praça dos Três Poderes foi danificada.

A Corregedoria Nacional de Justiça informou que iniciou uma apuração com o objetivo de identificar qualquer envolvimento de servidores do sistema judiciário nos eventos. O ministro do STF Alexandre de Moraes e o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) foram notificados, e a Corregedoria solicitou informações sobre qualquer possível participação de magistrados e funcionários.

Conforme esclarece o CNJ, os demais tribunais de Justiça, incluindo tribunais regionais federais, eleitorais e do trabalho, têm até 15 dias para comunicar a existência de procedimentos disciplinares ou investigações relacionados a servidores e aos atos ocorridos em 8 de janeiro.

O corregedor nacional de Justiça, ministro Luís Felipe Salomão, destacou a importância da investigação, afirmando: "É importante investigar a participação de servidores ou membros do Poder Judiciário tanto nas lamentáveis depredações do dia 8/1 quanto nos períodos anteriores." 

É importante lembrar que, entre setembro de 2022 e janeiro deste ano, o CNJ sofreu um ataque hacker liderado por Walter Delgatti Neto, que resultou na inserção de documentos e alvarás de soltura falsos no BNMP (Banco Nacional de Mandados de Prisão). A Polícia Federal está conduzindo uma investigação sobre o caso.