Colisão frontal de trens deixa mortos e feridos perto de Santiago, no Chile
Trem de carga e vagão de passageiros em teste bateram frontalmente
Foto: Reprodução
Uma colisão entre trens na madrugada desta quinta-feira (20) deixou mortos e feridos em San Bernardo, na região metropolitana de Santiago, no Chile.
Trem de carga e vagão de passageiros em teste bateram frontalmente na principal linha férrea de San Bernardo, entre as pontes Maipo e Nos. Imagens mostram que a força da colisão levantou o trem de passageiros, que ficou pendurado.
Acidente aconteceu por volta da 0h15. Segundo a mídia chilena, o trem de passageiros realizava testes de velocidade e entrou no mesmo trilho do trem de carga, que carregava mais de duas toneladas de placas de cobre.
Dois chilenos, de 43 e 58 anos, morreram na colisão. Os dois viajavam no trem de carga da Fepasa, informou o governo. Um deles foi encontrado dentro do trem e o outro foi lançado para fora.
Nove pessoas estavam no trem de passageiros e ficaram feridas. Segundo a polícia, a tripulação foi alertada pouco antes do impacto e conseguiu se abrigar no último vagão. "Alguns estão em estado grave, mas não correm risco de vida", diz o procurador Pedro Aravena. Entre os passageiros, quatro são chineses.
O prefeito de San Bernardo, Cristopher White, lamentou o que chamou de tragédia sem precedentes. "O que nos inquieta e preocupa é saber porque isso aconteceu em um lugar onde haviam duas vias alternativas. É algo incomum".
A polícia vai investigar os motivos do acidente. "Por razões desconhecidas, o trem de teste não foi notificado a tempo que este trem de carga estava vindo para o norte. Neste momento, nenhuma responsabilidade pode ser atribuída", afirmou Aravena.
Empresa responsável pelo trem de teste diz que vai ajudar com as investigações. "A sinalização estava funcionando. Os trens possuem caixas pretas semelhantes às dos aviões, com as quais são registrados os movimentos, a velocidade da ferrovia, enfim, e esses são antecedentes que estarão à disposição da investigação e da justiça", declarou o presidente da EFE, Eric Martin.