Com 4.552 registros a mais, mortes em casa crescem 14% no Brasil

O número de pessoas que morreram em casa desde o início da pandemia de Covid-19, provocada pelo novo coronavírus, no Brasil aumentou 14,6%, o que equivale a 4.552 mortes em relação ao mesmo período de 2019, segundo cartórios brasileiros. Dados são do Estadão junto ao Portal da Transparência do Registro Civil, mantido pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil). 

A análise refere-se ao período de 26 de fevereiro, data em que o primeiro caso de infecção por coronavírus foi registrado no Brasil, até 26 de abril. 

Segundo o Portal da Transparência, 35.551 brasileiros morreram em casa neste ano no período analisado contra 30.999 no mesmo período de 2019. Houve alta em 19 dos 27 Estados e em 20 capitais. No Amazonas, onde o sistema de saúde já entrou em colapso e foi registrada a maior alta, o número de óbitos em casa passou de 398 para 775 no período analisado. Na capital do Estado, o aumento foi ainda mais expressivo: 120,2%, com o número de óbitos em residência saltando de 331 para 729.

No entanto, Manaus não foi a capital com o maior crescimento porcentual, pois Belém registrou alta de 360%, com o número de mortos domiciliares passando de 10 para 46.

Já no Rio, o número de pessoas mortas em casa subiu de 2.512 para 3.387. O Estado de São Paulo, registra o número de incidência de casos de Covid-19, e também registrou crescimento acima da média nacional: 21,8%, com o número de mortes residenciais passando de 6.826 para 8.317.