Com possível recondução de Pacheco e Lira, Legislativo antecipa articulações para disputa de 2025
Siglas como MDB e União negociam apoio à recandidatura de Pacheco e Lira em troca de respaldo para a próxima disputa legislativo
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Com a recondução aos cargos da presidência do Senado e da Câmara dos Deputados dada como certa, inclusive pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o pleito de fevereiro para os comandos da Câmara e do Senado antecipou articulações políticas para a sucessão de 2025.
Os atuais presidentes Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Arthur Lira (PP-AL) são os favoritos para presidir por mais dois anos o Senado e a Câmara, respectivamente. No caso de Lira, não há, a menos de um mês da disputa, nenhuma candidatura de oposição. Já no Senado, apesar da disposição do senador eleito Rogério Marinho (PL-RN) de concorrer contra Pacheco, o bloco governista formado por PSD, União Brasil, MDB e PT, torna uma mudança de comando na casa improvável.
Sem perspectiva de mudança no cenário praticamente definido para este ano, sigla como MDB, União Brasil e PL vislumbram as eleições legislativas de 2025, quando esperam contar com o apoio de Lira e de Pacheco, em troca do apoio dado no cenário atual.
Para apoiar a reeleição de Pacheco, MDB e União Brasil querem a garantia do apoio do atual presidente para a próxima eleição interna. O MDB quer lançar Renan Filho (AL), atual Ministro dos Transportes, como postulante ao cargo. Já o União Brasil trabalha pela volta ao posto do senador Davi Alcolumbre (AP), que comandou o Senado de 2019 a 2021.
Na Câmara, PL e União Brasil desejam o apoio de Lira em 2025, ganhou força os nomes de Fernando Giacobo (PR) e Lincoln Portela (MG), de perfil mais moderado e não associado diretamente ao bolsonarismo, para encabeçar a chapa. Já o União Brasil defende Luciano Bivar (PE), que renunciou a candidatura neste ano para apoiar Lira.