Com Sisu sem previsão de divulgar as notas, reitores de federais temem atrasos e vagas sem preencher
MEC afirma ter corrigido todos os problemas identificados
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Após a Justiça suspender a divulgação dos resultados, para 237 mil vagas em 128 instituições públicas de ensino superior, do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), programada para esta terça-feira (28), reitores passaram a temer a postergação da lista de aprovados, a matrícula e o início da aulas.
"Qualquer atraso pode fazer com que as vagas não sejam preenchidas suficientemente para um começo adequado das aulas", disse ao UOL João Carlos Salles, presidente da Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior).
Salles, que também é reitor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), utiliza o Sisu como principal meio de seleção de novos alunos. No primeiro semestre deste ano, a instituição ofereceu 4.492 vagas em 88 cursos pelo sistema.
Em meio a reclamações de estudantes quanto ao sistema e a erros admitidos pelo próprio MEC (Ministério da Educação) na correção de cerca de 6 mil das 3,9 milhões das notas do último Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), prova utilizada pelo Sisu, Salles diz que a principal preocupação é que os resultados, quando vierem a ser divulgados, estejam corretos.
O MEC afirma ter corrigido todos os problemas identificados. "A segunda [preocupação] é que isso se dê com rapidez, porque o prejuízo pode ser muito grande a depender do calendário e do tamanho de cada universidade", afirma Salles.