Comandante-geral da PM-DF atuou sozinho e como "soldado errático" durante o 8 de janeiro, diz PGR
Denúncia afirma que Fábio Vieira deixou o local da e só voltou quando danos já haviam ocorrido
Foto: Divulgação/PMDF
A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou uma denúncia contra a cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF), alegando omissão nos eventos de 8 de janeiro. Segundo a denúncia, o comandante-geral da PM-DF, Fábio Vieira, agiu sozinho e como "um soldado errático" durante os acontecimentos para justificar uma "falsa narrativa" de que não se omitiu.
Imagens de segurança anexadas à denúncia mostram Vieira entrando em conflito com manifestantes na entrada do Congresso Nacional, sozinho e desacompanhado da tropa. A PGR argumenta que ele não estava cumprindo seu dever de administrar, comandar e empregar a PMDF, mas agiu como um soldado "errático, sem comando".
A denúncia afirma que, ciente de que o Congresso Nacional seria um dos principais alvos de manifestação, Vieira se colocou deliberadamente naquele local, sem acompanhamento de efetivo da PMDF, com o propósito de criar uma narrativa falsa para se eximir de responsabilidade penal ou administrativa.
O Ministério Público destaca que as imagens mostram confrontos de baixo risco e ineficazes, usados por Vieira para justificar sua atuação. Os procuradores argumentam que, dada sua experiência policial e alto posto na PMDF, ele deveria ter usado seu poder de comando para reunir tropas que pudessem proteger o Congresso eficazmente.
A defesa de Fábio Vieira expressou preocupação com a "incorreção conceitual e aplicação metodológica equivocada da teoria da omissão" na denúncia e destacou a necessidade de análise criteriosa da prisão pelo STF.