Combate à corrupção foi debatido em simpósio internacional
Em São Paulo, especialistas e juristas exaltaram a Operação Lava Jato

Foto: Erick Tedesco
O Centro Integração Empresa e Escola (CIEE), na capital paulista, realizou o 1º Simpósio Internacional Anticorrupção - O Combate à Corrupção e a Nova Era. O evento reuniu advogados, juízes e promotores que contextualizam a corrupção no Brasil e levantaram soluções para mudar tanto a forma como os poderes e a população se relacionam com a insatisfação de um país devastado por lavagem de dinheiro, crime do colarinho branco, entre outros.
Convidado especial, o juiz de processos de corrupção, fraude e crime financeiro dos Estados Unidos (EUA) Jed Rakoff, que presidiu a ação coletiva de investidores contra a Petrobras, fez comparativos entre o modus operandi da Justiça norte-americana e brasileira. Também exaltou o projeto da Lei Anticrime do ministro Sérgio Moro e apesar de considerar válido os acordos de leniência, acha essencial que determinados casos cheguem ao julgamento, “para a população entender a estrutura do judiciário”, além de servir de exemplo contra a impunidade.
Numa brilhante e aplaudida palestra, o desembargador do Tribunal Regional Federal da Terceira Região (TRF-3), Fausto De Sanctis expôs casos em que intervenções de habeas corpus ou interpretações equivocadas das leis impediram uma punição mais rígida a criminosos e corruptos. Sanctis chamou inclusive o Brasil de “paraíso penal”. “Não se trata de um país de muitas penas, mas de muitos crimes”, disse. Defendeu, ainda, a restrição do foro privilegiado.