Comércio baiano encerra primeiro semestre com alta nas vendas de 22,8%
Cerca de R$ 9,7 bilhões a mais foram movimentados no varejo
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Dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam que o comércio baiano faturou R$ 9 bilhões em junho, alta anual de 24,4%. No fechamento do semestre, as vendas subiram 22,8%, o que significa cerca de R$ 9,7 bilhões a mais movimentados no varejo no período. Para o consultor econômico da Fecomércio-BA, Guilherme Dietze, são dois grupos que ainda não conseguiram superar o faturamento pré-pandemia: Vestuário & Calçados (-31,7%) e Outras Atividades (-7%).
“O primeiro sofre com a dificuldade de inserção dos produtos no mercado digital e conta com a redução da necessidade das pessoas na renovação de guarda-roupa. Já o segundo que, em grande parte, é influenciado pelas vendas de combustíveis como gasolina e gás, tem o impacto da redução de circulação de veículos em relação aos períodos anteriores a pandemia”, esclarece Dietze.
Ele aponta ainda que, no campo positivo, o destaque na comparação com 2019 foi o setor de materiais de construção, com alta de 44,7% e um faturamento de R$ 764 milhões. Na sequência vem as lojas de eletrodomésticos e eletrônicos com variação de 36,3%. “Parte do crescimento vem de fato pelo aumento da demanda, porém há o aumento dos preços destes tipos de produtos que subiram muito acima da inflação média geral e que influencia no faturamento mais alto”, disse economista da Federação.
As lojas de móveis e decoração também se destacam com crescimento de 28,1% na comparação com junho de 2019. Ainda na faixa dos 20% estão: veículos e motos (23,2%) e farmácias e perfumarias (20,4%). Já os supermercados registraram um faturamento de R$ 1,3 bilhão, alta de 2,5% em relação a 2019. Ainda de acordo com o economista, os dados do semestre já mostram uma possível projeção positiva para o final do ano. De acordo com os cálculos, o comércio deve fechar 2021 com crescimento de 11,7%, ante a queda de 7% vista no ano passado. E as vendas em dezembro, mês do Natal, devem subir 8,2%.