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Política

Comissão de Ética da Presidência arquiva pedido para investigar ministro da CGU de Lula

Comissão decidiu que não há evidências suficientes de conflito de interesse para abrir uma apuração

Por FolhaPress
Ás

Comissão de Ética da Presidência arquiva pedido para investigar ministro da CGU de Lula

Foto: Marcos Oliveira/ Agência Senado

A Comissão de Ética da Presidência da República arquivou o pedido de apuração preliminar de um suposto conflito de interesses do ministro da CGU (Controladoria-Geral da União), Vinicius de Carvalho.

O pedido questionava a atuação da CGU nas negociações com empreiteiras relativa a multas da Operação Lava Jato porque o escritório de advocacia fundado por Carvalho advoga para a Novonor (ex-Odebrecht) no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

A comissão decidiu que não há evidências suficientes de conflito de interesse para abrir uma apuração. Para o grupo, "não se pode falar na constatação abstrata de situação de conflito de interesses, subsidiada por suposições ou pela sugestão de que determinada autoridade poderá vir a praticar ato em benefício de outrem e/ou em detrimento da entidade ao qual está vinculado".

A representação na Comissão de Ética foi aberta após solicitações dos deputados federais Luiz Philippe de Orléans e Bragança (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ) e do senador Rogério Marinho (PL-RN).

O VMCA foi fundado por Carvalho em 2017 depois de deixar a presidência do Cade. O escritório atua para a Novonor em temas concorrenciais, especialidade da banca, e não tem casos na CGU.

O ministro se licenciou do escritório para assumir o cargo no governo Lula (PT). A banca é hoje comandada pela namorada de Carvalho, a advogada especializada em concorrência Marcela Mattiuzzo.

A renegociação do acordo de leniência foi determinada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) André Mendonça e está a cargo da CGU e da AGU (Advocacia-Geral da União).
Em 12 de março, ocorreu a primeira reunião entre representantes das empreiteiras com acordos em renegociação e técnicos do governo federal. Carvalho fez uma fala de abertura e depois se retirou. No fim de abril, Mendonça deu mais 60 dias de prazo para que um acordo seja fechado.

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