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Política

Comissão do Senado aprova convite a presidente da Petrobras para falar sobre crise dos dividendos

A audiência com Prates ainda não tem data

Por FolhaPress
Ás

Comissão do Senado aprova convite a presidente da Petrobras para falar sobre crise dos dividendos

Foto: Lula Marques | Agência Brasil

A CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado aprovou nesta terça-feira (12) um convite ao presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, diante da queda nas ações e da mudança na política de pagamento de dividendos aos acionistas.

O pedido foi apresentado pelo senador Sergio Moro (União Brasil-PR), ex-juiz da Operação Lava Jato, com apoio do senador Eduardo Girão (Novo-CE). O convite foi aprovado de forma simbólica, sem a contagem de votos. A audiência com Prates ainda não tem data.

Nesta segunda (12), Moro afirmou à reportagem que não vai se espantar "se o valor das ações cair ainda mais ou se a Petrobras sofrer novas investigações" da SEC (Securities and Exchange Commission), órgão regulador do mercado de capitais dos Estados Unidos.

"Os lucros caíram por decisões econômicas ruins, como a nova política de preços, a retomada de investimentos em refinarias e o planos bilionários para as caras eólicas off-shore", declarou, acrescentando que a governança foi prejudicada pela suspensão da lei das estatais.

A queda nas ações da Petrobras abriu uma nova disputa nos bastidores do governo entre Prates e o ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia) —mas envolvendo ainda Fernando Haddad (Economia) e Rui Costa (Casa Civil).

Representantes da petroleira afirmaram à reportagem que, ao avalizar a retenção dos dividendos, o Ministério de Minas e Energia induziu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a erro.

Na sexta-feira (8), com o temor de investidores de maior intervenção do governo federal sobre as decisões da estatal, a Petrobras perdeu mais de R$ 55 bilhões em valor de mercado.

A queda nos papéis foi a maior desde fevereiro de 2021, quando o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reclamou do preço do diesel diante da ameaça de paralisação de caminhoneiros e demitiu o então presidente da empresa.

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