Comissão do Senado aprova convites para que Mauro Vieira e assessor de Lula falem sobre eleição contestada na Venezuela
Chanceler e Celso Amorim não são obrigados a comparecer à Comissão de Relações Exteriores
Foto: Fábio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil e Fernando Frazão/Agência Brasil
A Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado aprovou, nesta quinta-feira (8), o convite para que o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Celso Amorim, preste depoimento sobre sua participação no acompanhamento da eleição da Venezuela. Além do assessor, foi aprovado o convite para o comparecimento do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. Apesar da aprovação, o assessor e o ministro não são obrigados a comparecer à sessão.
As datas para as audiências ainda serão agendadas pela Comissão. Segundo o presidente do colegiado, senador Renan Calheiros (MSB), o acordo inicial é para que Amorim seja ouvido na próxima quinta-feira 15. Ele ainda não indicou a data em que espera receber o Vieira no colegiado.
No último 28 de julho, o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela proclamou Nicolás Maduro como presidente. Opositores de Maduro e a comunidade internacional, no entanto, têm contestado o resultado e cobrado a divulgação das chamadas atas eleitorais.
Segundo uma apuração paralela com base em documentos divulgados pela oposição, Edmundo González teria vencido as eleições com 67% dos votos, contra 30% de Maduro.
Diante do impasse, o governo brasileiro adotou uma postura de cautela sobre o resultado da disputa no país vizinho. Tanto Amorim, quanto Vieira têm defendido a apresentação das atas das urnas antes de reconhecer o vencedor. Lula (PT), por sua vez, evita comentar publicamente a disputa.