Comitê de Política Monetária do Banco Central faz primeira reunião no governo Lula
Banco Central deve manter nesta quarta (1º) a taxa básica de juros (Selic) em 13,75% ao ano
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O Comitê de Política Monetária do Banco Central faz nesta semana sua primeira reunião após a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em meio a um ambiente de alta nas expectativas para a inflação, incertezas sobre a política econômica e piora nas projeções para a taxa básica de juros, quadro incrementado por ruídos gerados pelo novo governo nas últimas semanas.
Pressionado por uma piora nas expectativas do mercado financeiro para a inflação, o Banco Central deve manter nesta quarta-feira (1º) a taxa básica de juros (Selic) em 13,75% ao ano na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) – a primeira desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tomou posse.
Apesar do avançado estágio de aperto monetário após o BC promover um duro ciclo de alta nos juros para debelar a inflação, as projeções de mercado têm apontado para uma desancoragem da inflação não apenas para 2023, mas em períodos mais longos, incluindo anos que ainda não estão no alvo da atuação do Copom.
A pesquisa Focus, que capta a percepção dos economistas da iniciativa privada, mostra que a projeção para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) para este ano saltou de 5,08% desde o encontro anterior do colegiado, em dezembro de 2022, para 5,74% no dado divulgado na última segunda-feira (30).
Isso indica que as expectativas para 2023 já se encontram quase 1 ponto percentual acima do teto da meta de inflação. Os alvos centrais estabelecidos pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) são 3,25% em 2023 e 3% em 2024 e 2025, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.