Comitê é criado para monitorar indígenas venezuelanos em Feira de Santana
Refugiados Warao vivem em situação vulnerável e enfrentam violações de direitos no Brasil
Foto: Reprodução
Um comitê de monitoramento foi criado para auxiliar indígenas venezuelanos da etnia Warao se estabeleceram em Feira de Santana, desde fevereiro de 2020. A ação é realizada com a participação integral da Defensoria Pública da Bahia, em uma reunião realizada na Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) com o poder público e a sociedade civil organizada.
Segundo a Defensoria, a população indígena está vivendo em condições de grave vulnerabilidade social, incluindo 38 refugiados, sendo 24 crianças, sujeitos a diversas violações de direitos. Diversas violações de direitos foram relatadas pelas entidades da sociedade civil, envolvendo questões de moradia, educação, saúde e a ausência de metodologias do poder público para acolher e solucionar os problemas enfrentados pela comunidade Warao.
Os Warao são um grupo étnico originário do delta do rio Orinoco, na região norte da Venezuela, e têm migrado para o Brasil desde 2014, buscando melhores condições de vida. Atualmente, estima-se que mais de 4 mil migrantes Warao residam no Brasil, segundo dados da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR).