"Como se nascesse de novo”, diz ex-assessor do Major Olímpio após Covid-19
Durante 14 dias, ele ficou respirando por aparelhos
Foto: Reprodução
O assessor de impresa, Diego Freire, sobreviveu após ficar 35 dias internado em estado grave com coronavírus em um hospital de Brasília. Ele trabalhava para o senador Major Olímpio (PSL-SP), que morreu de covid-19 em 18 de março.
“Fiz o exame de covid, deu positivo e fui para casa me isolar. No primeiro dia, senti febre. No segundo, tomei remédio para dor no corpo, e no terceiro dia, senti falta de ar. Me senti um peixe fora d’água e pedi ajuda para me levarem ao hospital”, diz ele.
Durante 14 dias, ele ficou respirando por aparelhos e, após a extubação, precisou ficar contido para não retirar a sonda nem o cateter.
“Recebi auxílio de fisioterapeuta, fonoaudiólogo e psicólogo. Meu corpo estava todo paralisado por conta da medicação forte. Eu sou grande e precisei receber dose dupla de remédios. Tive de aprender novamente a engolir, pois não conseguia. Tive de reaprender a mastigar. Eu não conseguia fazer coisas simples como respirar. Não mexia as pernas nem os braços e nem a cabeça. Nem a minha voz saía. Comecei do zero, como se nascesse de novo”, relata.