Companhias aéreas vão reajustar preços e reduzir rotas após alta de combustíveis
O adustível, responsável por 35% dos custos do setor, teve o preço ajustado em 76,2% no ano passado
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
Após enfrentar os danos causados pela pandemia de covid-19, as companhias aéreas passam por dificuldades devido à alta do querosene de aviação (QAV), em meio ao aumento do petróleo.
O combustível, responsável por 35% dos custos do setor, teve o preço ajustado em 76,2% no ano passado, quando o petróleo teve elevação de 54%. Agora, momento em que a commodity registra alta de 45% no acumulado de 2022, as empresas devem elevar o preço das passagens e reduzir suas operações para atravessar o período difícil.
Em nota, a Latam informou que os passageiros terão de arcar com a alta do combustível. Segundo a companhia, o impacto nos custos das companhias por conta da guerra na Ucrânia é “inegável” e a alta do preço do querosene da aviação pode afetar o valor das passagens, diante “desse novo cenário de crise sem precedência e previsibilidade.”
A Azul destacou que a alta do QAV poderá adiar a retomada da oferta de voos. A Gol não se pronunciou alegando estar em período de silêncio antes da divulgação de seu balanço financeiro.
De acordo com a Latam, a operação de novas rotas, que estavam previstas para o primeiro semestre do ano, precisou ser adiada para depois de julho.
Analistas do setor avaliam que o movimento pode ser apenas o início de uma série de medidas que reduzirão, novamente, o porte das companhias. O mercado aéreo é flexível em relação ao preço e, por conta disso, o repasse pode diminuir a demanda por voos.